Na religião da dúvida prossigo ultimamente
E lhe peço por favor que não me ache inconsequente
Já vivi muito, vi e ouvi coisas que nem imagina
Talvez por eu existir a menos que duas décadas
saber disso não te fascina
A quantidade de cores que transmito no que visto,
no que faço e no que mostro no meu traço
Pode o fazer pensar em como posso ser clichê
Mas não vejo saída melhor,
para o que no mundo a de sombrio e de pior
Do que me libertar do mórbido e me preencher
por dentro, fora e ao redor, de luz amor e cor,
Sem me importar se isso é importante para você
Tudo já estava pronto quando chegamos aqui
Paraíso verde, misturado com azul, vermelho cacki...
Havia cor sem nome, vida sem fome, paz sem tormento
Amor de verdade, companheirismo na só de momento
Qual foi a peste que ousou dizer
que ao comer de uma fruta alcançaríamos poder?
Quem é idiota o bastante para a creditar
que um dia a Deus poderá se igualar?
Pelo visto a dúvida não traz muitos benefícios
assim como não trouxe a alguns de nossos antepassados
Mas o presente e o futuro contem tanta informação
que nos deixa atordoados
Não se deve haver desculpas para até do criador duvidar
Porém se os sentimentos perdem o valor, as pessoas o pudor
e surge a destruição começo a pensar
No quanto a vida vale, até quando haverão tempestades
O que fazer, no que acreditar, se o mundo pode acabar...
Eu irei deixar de lado toda crença hipócrita
Toda desconfiança que me tira de órbita
Prosseguir atenta pois aprendi a ser vigilante
Descobri que o melhor jeito enfim... é confiar!
Roberta C.